A promessa do DevSecOps é clara: integrar segurança desde o início do ciclo de desenvolvimento, sem desacelerar entregas. Mas na prática, inserir ferramentas de AppSec em pipelines CI/CD pode gerar mais ruído do que valor se o processo não for pensado com estratégia.
Alertas em excesso, lentidão no pipeline, incompatibilidades com a stack do time e até resistência por parte de Devs e Ops, esses são apenas alguns dos atritos comuns quando a segurança é “enxertada” em vez de integrada.
Neste artigo, nós da Evernow vamos mostrar os principais desafios técnicos de integração de ferramentas de AppSec em ambientes CI/CD e como superá-los com uma abordagem consultiva e fluida.
Quais são os principais desafios na integração de ferramentas de AppSec?
Incluir segurança nas fases de build e deploy é essencial, mas a forma como isso é feito faz toda a diferença. Alguns dos principais desafios incluem:
- Ruído excessivo de alertas: scanners mal calibrados podem gerar falsos positivos, afetando a confiança dos Devs na ferramenta
- Quebra de builds desnecessárias: políticas rígidas de bloqueio automático em qualquer vulnerabilidade interrompem o fluxo de entrega
- Impacto na performance do pipeline: testes demorados atrasam entregas e comprometem SLAs
- Falta de contexto nos relatórios: Devs recebem alertas genéricos, sem saber exatamente como e por que corrigir
- Desalinhamento entre segurança e produto: a equipe de AppSec exige correções que não foram priorizadas no backlog
Esses obstáculos tornam a integração uma fonte de atrito constante entre os times. A solução está menos em adicionar ferramentas e mais em orquestrar sua atuação com inteligência.
Como escolher ferramentas de AppSec que se encaixam no seu CI/CD?
A seleção das ferramentas deve levar em conta a realidade do seu pipeline e a maturidade dos times. Antes de escolher, é importante considerar:
- Tempo médio de análise: quanto tempo a ferramenta leva para processar um commit e gerar resultado
- Suporte à stack utilizada: linguagens, frameworks, containers e serviços em nuvem
- Capacidade de integração com ferramentas de CI/CD: Jenkins, GitLab, GitHub Actions, CircleCI, Azure DevOps etc.
- Customização de políticas: é possível definir regras flexíveis para diferentes tipos de projeto?
- Formatos de saída e APIs: os resultados podem ser enviados para sistemas de gestão de vulnerabilidades ou dashboards executivos?
Um dos grandes diferenciais das soluções modernas é a inteligência para priorizar riscos reais com base no contexto da aplicação, tipo de dado manipulado, exposição externa e criticidade da função.
Evite soluções que geram “alertas para todos” e prefira aquelas que se adaptam ao seu pipeline. Afinal, AppSec eficiente é aquela que se encaixa no fluxo natural do time, e não o contrário.
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Como evitar fricções entre segurança, desenvolvimento e operações?
A fluidez do DevSecOps depende menos da tecnologia e mais da postura de colaboração entre os times. Algumas práticas ajudam a reduzir atritos e aumentar a eficiência da integração:
- Configurar os scans em fases não críticas do pipeline, como após o merge para branch de staging, evitando bloqueios em builds de teste
- Usar bloqueios graduais: apenas vulnerabilidades de severidade alta e com exploit conhecido interrompem o pipeline
- Gerar alertas com contexto técnico e business-friendly, ajudando o Dev a entender o impacto real da falha
- Automatizar exceções e falsos positivos, criando regras que aprendem com as decisões anteriores
- Definir SLAs conjuntos de correção, considerando impacto no negócio e viabilidade técnica
- Treinar os Devs em segurança aplicada à stack real, reduzindo o tempo entre o alerta e a correção
AppSec não deve ser um departamento reativo que envia PDFs de falhas. Precisa ser um parceiro estratégico, ajudando o time a entregar software seguro sem comprometer prazos e produtividade.
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Segurança sem fricção é segurança que flui
A integração de ferramentas de AppSec no CI/CD não precisa ser um obstáculo. Com as decisões certas, é possível criar um ecossistema onde segurança, desenvolvimento e operações trabalham juntos com agilidade, contexto e inteligência.
Mais do que inserir checkpoints de segurança, o verdadeiro DevSecOps envolve orquestrar o timing certo, com alertas úteis e decisões compartilhadas.
Se o seu time ainda enxerga a segurança como gargalo ou interferência, talvez o problema não esteja na cultura ou na ferramenta, mas sim na forma como elas foram integradas.
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