A segurança cibernética é uma prioridade crescente para qualquer empresa. Infelizmente, os cibercriminosos estão utilizando inúmeras técnicas e táticas para prejudicar suas vítimas. Entre as ameaças mais comuns, destacam-se os ataques DoS (Denial of Service ou Navegação de Serviços) e DDoS (Distributed Denial of Service ou Negação de Serviço Distribuído), que têm a capacidade de derrubar sites e serviços online, causando prejuízos financeiros e danos reputacionais significativos.
Embora sejam práticas tradicionais, os ataques DoS e DDoS continuam muito influentes. No segundo semestre de 2023, por exemplo, o número de ocorrências contra provedores regionais de internet no Brasil aumentou cerca de 400%. Um outro relatório de outubro do ano passado indicou que quase 8 milhões de ataques DoS e DDoS ocorreram até aquela data, representando um aumento de mais de 30% em relação a 2022.
Esses ataques são ainda mais prejudiciais na era atual, em que a conectividade à internet é essencial. Anteriormente, eles afetavam principalmente os usuários que navegavam em sites utilizando redes públicas. No entanto, agora estão mais sofisticados e podem derrubar redes corporativas, desde que encontrem uma vulnerabilidade.
Para combater esses desafios, é crucial entender como esses ataques ocorrem e conhecer as ferramentas disponíveis para mitigá-los.
O que é um ataque DoS ou DDos e qual a diferença entre eles?
Um ataque de negação de serviço (DoS) sobrecarrega um servidor com tráfego, tornando um site ou recurso indisponível. Já um ataque de negação de serviço distribuído (DDoS) é uma variante do DoS que utiliza múltiplos computadores ou máquinas para inundar um recurso alvo. Ambos os tipos de ataques têm como objetivo interromper serviços ao sobrecarregar um servidor ou aplicativo web.
À medida que o servidor é inundado com mais pacotes de Protocolo de Controle de Transmissão/Protocolo de Datagramas de Usuário (TCP/UDP) do que pode processar, ele pode falhar, os dados podem ser corrompidos e os recursos podem ser desviados ou esgotados, levando à paralisação do sistema.
A principal diferença entre um DoS e um DDoS é que o primeiro é um ataque de sistema para sistema, enquanto o segundo envolve múltiplos sistemas atacando um único alvo. Outras diferenças importantes incluem:
- Facilidade de detecção/mitigação:
Como um ataque DoS origina-se de um único local, é mais fácil detectar sua fonte e interromper a conexão, muitas vezes com a ajuda de um firewall eficiente. Em contraste, um ataque DDoS origina-se de múltiplos locais remotos, mascarando sua origem. - Velocidade de ataque:
Um ataque DDoS, partindo de diversos locais, pode ser implementado muito mais rapidamente do que um ataque DoS, que provém de um único ponto. A maior velocidade dificulta a detecção, potencializando os danos e aumentando o risco de resultados catastróficos. - Volume de tráfego:
Um ataque DDoS utiliza várias máquinas remotas (zumbis ou bots), enviando quantidades massivas de tráfego simultaneamente de diversos locais, sobrecarregando o servidor de forma que dribla os mecanismos de detecção. - Modo de execução:
Um ataque DDoS coordena múltiplos hosts infectados com malware (bots), formando uma botnet controlada por um servidor de comando e controle (C&C). Em contraste, um ataque DoS normalmente usa um script ou ferramenta para realizar o ataque a partir de uma única máquina. - Rastreamento de fontes:
O uso de uma botnet em um ataque DDoS torna muito mais difícil rastrear a origem real do ataque, comparado a um ataque DoS.
Compreender essas diferenças e características é essencial para implementar estratégias eficazes de defesa contra esses tipos de ataques cibernéticos.
Quais são os principais tipos de ataques DoS e DDoS
Ataques DoS (Negação de Serviço) e DDoS (Negação de Serviço Distribuída) representam sérias ameaças no mundo online, com potencial para causar danos a empresas, prejudicar reputações e interromper serviços essenciais. Compreender as diferentes formas e métodos utilizados nesses ataques é crucial para se proteger contra eles.
Ataque Teardrop:
Fragmentos de dados de Protocolo de Internet (IP) corrompidos são enviados para confundir e sobrecarregar a rede alvo, impedindo-a de reconstruir os pacotes originais.Exemplo: Um invasor envia pacotes IP com o campo “id” sobreposto, confundindo os roteadores da rede e impossibilitando a entrega correta das informações.
Ataque de Inundação:
Diversas solicitações de conexão são enviadas para um servidor, mas sem concluir o processo de handshake, deixando o servidor sobrecarregado e indisponível para usuários legítimos.Exemplo: Imagine um restaurante lotado por clientes falsos que fazem pedidos, mas nunca os finalizam. Os garçons ficam ocupados com pedidos falsos, enquanto clientes reais não conseguem ser atendidos.
Ataque de Fragmentação de IP:
Pacotes de rede alterados são enviados para a rede receptora, que não consegue remontá-los, consumindo recursos e indisponibilizando o serviço.Exemplo: Imagine um jogo de blocos de montar com peças danificadas. É impossível construir qualquer coisa com elas, e o mesmo acontece com a rede quando recebe pacotes IP corrompidos.
Ataque Volumétrico:
Um alto volume de pacotes de solicitação é enviado para a rede, inundando sua largura de banda e causando lentidão ou indisponibilidade total dos serviços.Exemplo: Uma rede de bots (computadores infectados) envia pacotes ICMP (Internet Control Message Protocol) para um servidor, sobrecarregando sua capacidade de processamento e tornando-o lento ou inacessível.
Ataque de Protocolo:
Pontos fracos nas Camadas 3 e 4 do modelo OSI, como sequências de conexão TCP irregulares ou uso de endereços IP falsificados, para sobrecarregar a rede e seus recursos.Exemplo: O invasor pode explorar a sequência de conexão TCP, enviando solicitações, mas não respondendo conforme o esperado ou respondendo com outra solicitação usando um endereço IP de origem falsificado. As solicitações não atendidas usam os recursos da rede até ficarem indisponíveis.
Ataque Baseado em Aplicativo:
Um ataque baseado em aplicativo é um tipo de ataque DDoS que atinge a Camada 7 do modelo OSI. Um exemplo é um ataque Slowloris, no qual o invasor envia solicitações parciais de protocolo de transferência de hipertexto (HTTP), mas não as conclui. Os cabeçalhos HTTP são enviados periodicamente para cada solicitação, fazendo com que os recursos de rede fiquem vinculados.
O invasor continua o ataque até que nenhuma nova conexão possa ser feita pelo servidor. Esse tipo de ataque é muito difícil de detectar porque, em vez de enviar pacotes corrompidos, ele envia pacotes parciais e usa pouca ou nenhuma largura de banda.
Um dos maiores ataques DDoS do mundo
Em outubro de 2023, o Google divulgou que enfrentou o maior ataque DDoS da história. Segundo a empresa, o ataque atingiu 398 milhões de solicitações por segundo (chamado em inglês de requests per seconds, ou rps) em seu pico. Esse valor é 7,5 vezes maior que o recorde anterior, quando foi registrado 49 milhões de rps.
A Big Tech informou que compartilhou em tempo real as informações das séries de ataque com outras companhias que utilizam o mesmo protocolo e também diz ter recebido retornos detalhados destas empresas.
De acordo com o Google, as medidas de mitigação permitiram que seus serviços e os dos seus clientes continuassem normalmente (na maior parte do tempo, diz a empresa) o que frustrou os planos do grupo responsável — que não foi revelado.
Quais são os objetivos dos ataques DoS e DDoS
Os ataques de DDoS têm como objetivo principal retardar drasticamente ou impedir que o tráfego legítimo alcance o destino pretendido. Isso pode impedir usuários de acessarem websites, comprarem produtos ou serviços, assistirem a vídeos ou interagirem em redes sociais. Além disso, ao tornar recursos indisponíveis ou diminuir o desempenho, ataques de DDoS podem paralisar uma empresa, impedindo funcionários de acessarem e-mails, aplicações web ou conduzirem negócios normalmente.
Existem diversos motivos para o lançamento de ataques DoS e DDoS, incluindo:
- Hacktivismo:
Invasores podem lançar ataques DDoS contra empresas ou websites com os quais têm divergências filosóficas ou ideológicas, buscando chamar atenção para suas causas. - Guerra Cibernética:
Governos podem utilizar ameaças virtuais, como ataques DDoS, para prejudicar a infraestrutura crítica de estados inimigos, desestabilizando suas operações. - Extorsão:
Invasores frequentemente usam a ameaça de ataques DDoS para extorquir dinheiro de empresas, prometendo cessar os ataques em troca de pagamento. - Entretenimento:
Muitos hackers lançam ataques DDoS simplesmente para se divertir com o caos causado ou para experimentar técnicas de crime cibernético. - Competição Empresarial:
Empresas podem lançar ataques DDoS contra concorrentes para obter vantagem competitiva, prejudicando suas operações e serviços.
Compreender os motivos por trás dos ataques DoS e DDoS é crucial para implementar medidas de segurança eficazes e proteger os recursos digitais contra essas ameaças crescentes.
Como melhorar a proteção contra ataques DoS e DDoS
Confira algumas práticas recomendadas de alto nível para proteger contra ataques DoS e DDoS:
- Monitore Continuamente sua Rede:
A monitoração constante permite identificar padrões normais de tráfego, essencial para a detecção e mitigação precoce de ataques. - Realize Testes de Simulação de Ataques DoS:
Simular ataques ajuda a avaliar riscos, expor vulnerabilidades e treinar os funcionários em segurança cibernética. - Desenvolva um Plano de Proteção:
Crie listas de verificação, forme uma equipe de resposta, defina parâmetros de ação e implemente medidas de proteção. - Identifique Sistemas Essenciais e Padrões Normais de Tráfego: Conhecer os sistemas críticos e os padrões de tráfego habituais ajuda no planejamento de proteção e na detecção precoce de ameaças.
- Provisione Largura de Banda Extra:
Embora não impeça o ataque, ter largura de banda adicional ajuda a rede a lidar com picos de tráfego, reduzindo o impacto de qualquer ataque.
Adotar essas práticas pode fortalecer significativamente a defesa contra ataques DoS e DDoS, minimizando os riscos e os danos associados.
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