Se você faz parte de um time de produto e ainda não ouviu falar em DAST ou não entende bem como ele impacta diretamente seu trabalho, está na hora de colocar esse tema no radar.
DAST (Dynamic Application Security Testing) é um tipo de teste de segurança que analisa aplicações em runtime, ou seja, enquanto elas estão em execução. Isso permite detectar vulnerabilidades reais, exploráveis em tempo de uso, oferecendo uma camada prática e crítica de proteção.
E aqui vai o ponto central: detecção em runtime não é mais exclusividade de times de segurança. Times de produto, engenharia e liderança precisam compreender os benefícios e a urgência de implementar esse tipo de teste como parte de uma abordagem de segurança compartilhada.
Neste artigo, nós da Evernow vamos te mostrar por que o DAST deve fazer parte da rotina dos times de produto, como ele contribui para a segurança em tempo real e quais são os ganhos práticos para o negócio. Tudo com uma linguagem clara, consultiva e fundamentada.
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O que é DAST e por que ele se tornou indispensável
DAST é uma abordagem de segurança focada em identificar vulnerabilidades a partir da perspectiva do usuário externo. Ele simula ataques reais enquanto a aplicação está rodando, o que o diferencia de outras práticas como o SAST, que analisa o código-fonte estaticamente.
Mas por que isso importa para quem está desenvolvendo produtos digitais?
Porque o DAST enxerga aquilo que realmente pode ser explorado em produção. Ele não depende de acesso ao código e, por isso, consegue avaliar APIs e aplicações da forma como um atacante faria: por fora, em condições reais.
A crescente complexidade de arquiteturas baseadas em microserviços e o uso intensivo de APIs tornam o DAST ainda mais relevante. Ao identificar falhas como injeções, autenticações frágeis ou má configuração de permissões, o DAST protege aquilo que está mais exposto: a experiência do usuário em tempo real.
Segurança como responsabilidade do produto
Durante muito tempo, segurança era tratada como uma etapa final, um “carimbo” antes do lançamento. Isso não se sustenta mais. Quando o ciclo de desenvolvimento é ágil, contínuo e altamente integrado, a segurança precisa acompanhar esse ritmo. E isso significa colocar o time de produto como protagonista na estratégia de proteção.
Implementar DAST não é apenas uma questão técnica. É uma decisão de negócio. Veja o impacto direto:
- Redução de riscos reputacionais com falhas expostas em produção
- Economia com correções feitas antes que um ataque aconteça
- Confiança de stakeholders e clientes em aplicações mais seguras
Em vez de ser apenas mais uma ferramenta da stack de segurança, o DAST precisa ser tratado como um aliado da entrega de valor ao cliente. Produto seguro é produto viável.
Dica prática: envolva a squad na priorização das correções apontadas nos relatórios de DAST. Use critérios de impacto no negócio, não só nível técnico de risco.
Veja também: Pentest: Quanto custa e como avaliar o investimento
Como DAST se encaixa no ciclo de vida do produto
Uma das grandes vantagens do DAST é sua flexibilidade. Ele pode ser integrado ao pipeline de desenvolvimento, mas também pode ser executado em momentos-chave do ciclo do produto, como:
- Antes de releases importantes, para validar que nenhuma nova funcionalidade abriu brechas
- Durante processos de homologação, simulando ataques em ambientes controlados
- Como parte da monitoração contínua, oferecendo insights sobre APIs e endpoints em uso real
O importante aqui é entender que DAST não compete com outras abordagens. Ele complementa. Se você já faz SAST ou tem ferramentas de análise de dependências (como SCA), o DAST vai cobrir justamente aquilo que os outros não veem: a resposta da aplicação no mundo real.
E para não deixar dúvidas, aqui vai um resumo rápido:
- SAST: vê dentro do código
- SCA: vê dependências e bibliotecas
- DAST: vê o comportamento externo e vulnerabilidades em execução
Ou seja, o DAST é o olhar de fora que faltava na estratégia de segurança do seu produto.
Veja também: Auditoria de aplicações: Criando softwares seguros
Um time que entende DAST entrega mais que funcionalidades
Imagine um carro sendo lançado sem que os freios sejam testados em movimento. Parece absurdo, certo? Pois é isso que acontece quando um produto digital vai para produção sem testes dinâmicos de segurança.
O DAST não é um detalhe técnico reservado à área de segurança. Ele é um fator de maturidade do time de produto. Empresas que compreendem esse valor tendem a lançar mais rápido, com menos incidentes e com mais segurança para inovar.
Integrar DAST no seu dia a dia é como colocar um airbag no seu produto. Você espera nunca precisar, mas se precisar, vai agradecer por ter pensado nisso antes.
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