Quando se fala em Pentest, a maioria das empresas imagina um time de hackers éticos tentando invadir sistemas, identificando falhas e entregando um relatório com as vulnerabilidades. E ponto final. Só que essa é uma visão simplista, e muitas vezes ineficaz.
Se sua organização está prestes a investir em um teste de invasão, é fundamental ir além da execução técnica. A pergunta não deve ser apenas “o que vamos encontrar?”, mas sim “como esse teste vai gerar aprendizado estratégico para a segurança da empresa?”
Nesse artigo, nós da Evernow explicamos como pensar de forma crítica sobre o valor real de um Pentest, como planejar escopos que façam sentido para o seu negócio e como transformar relatórios técnicos em decisões que fortalecem sua segurança.
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O que é Pentest e por que ele sozinho não resolve?
Um Pentest, ou Teste de Intrusão, é uma simulação controlada de ataque cibernético. O objetivo é identificar vulnerabilidades exploradas em aplicações, redes ou sistemas que, se descobertas por um atacante real, poderiam causar sérios prejuízos.
Porém, aqui está o ponto crítico: o Pentest não é uma solução em si. Ele é uma ferramenta de diagnóstico. Assim como um exame de sangue não cura o paciente, um teste de invasão não corrige falhas por conta própria. Ele apenas revela.
Além disso, muitos testes são conduzidos com escopos limitados, cronogramas apertados e sem o envolvimento real das lideranças técnicas e de negócio. O resultado? Um relatório robusto que, semanas depois, já está obsoleto e subutilizado.
Como planejar um escopo de Pentest que gere valor real?
- Alinhar os objetivos do teste aos riscos reais do negócio. O que mais preocupa a área de compliance? Qual o impacto de um vazamento de dados de clientes? E se um atacante sequestrar o ERP?
- Definir claramente o tipo de Pentest: caixa branca (com acesso prévio ao ambiente), caixa preta (sem nenhum acesso) ou cinza (parcial).
- Estabelecer limites realistas. Algumas empresas querem testar tudo, mas o orçamento cobre apenas uma aplicação. É melhor fazer um teste bem feito em um ativo crítico do que pulverizar o esforço.
- Envolver times internos no processo. Segurança é um esforço coletivo. O time de infraestrutura, desenvolvimento e até jurídico precisa entender o que será feito e por quê.
Essa fase de planejamento é onde o consultor técnico faz a diferença. Não basta ter boas ferramentas. É preciso visão de risco e sensibilidade de negócio.
Veja também: Ataques cibernéticos. Quais os impactos para as empresas
O que fazer com os resultados?
Depois do relatório entregue, começa o trabalho mais importante: extrair aprendizado e aplicar correções com inteligência.
Um bom resultado de Pentest não é apenas uma lista de falhas, mas um mapeamento de prioridades. E ele precisa responder perguntas como:
- Quais vulnerabilidades representam riscos imediatos?
- O que exige correção urgente? E o que pode esperar?
- Existe alguma falha de processo por trás da falha técnica?
É aqui que muitas empresas tropeçam. Elas corrigem o que está no relatório sem avaliar a raiz do problema. Isso é como trocar o fusível de uma casa onde a fiação inteira está comprometida.
Além disso, essa é uma excelente oportunidade para promover aprendizado interno: workshops com o time de desenvolvimento, revisões de processo com a área de produto, simulações com a equipe de resposta a incidentes.
Dica: use os resultados como um termômetro da maturidade da sua segurança. E trate o relatório como um insumo estratégico, não como um arquivo que vai para o e-mail do CTO e morre na caixa de entrada.
Leia também: As 5 tendências do Gartner para cibersegurança
Quais os erros mais comuns ao contratar um Pentest?
Selecionamos alguns dos erros mais comuns (e evitáveis) cometidos pelas empresas ao contratar um Pentest. Preste atenção:
- Escolher pela proposta mais barata. Pentest barato demais quase sempre entrega resultados rasos. Você está contratando inteligência, não apenas um serviço técnico.
- Tratar o Pentest como evento pontual. O teste de invasão não pode ser algo que acontece uma vez ao ano só para cumprir uma exigência de compliance.
- Não envolver as lideranças. Se o CISO não sabe o que está sendo testado, o aprendizado não vai virar cultura.
- Focar apenas em vulnerabilidades técnicas. Muitas falhas estão ligadas a permissões mal configuradas, senhas fracas e políticas ineficazes.
- Ignorar o follow-up. Corrigir é essencial, mas revisar o impacto das correções e medir evolução ao longo do tempo é o que garante resultados.
Esses erros comprometem não apenas o investimento no teste, mas também a maturidade da segurança como um todo. O Pentest é um espelho. Mas a transformação depende do que você faz com o reflexo.
Pentest é apenas o começo
Um bom teste de invasão ajuda sua empresa a entender onde está vulnerável, mas é o que você faz depois que determina o real impacto disso no seu negócio. Isso passa por cultura, processos, treinamento, correções e, claro, decisão estratégica.
Se o Pentest que você contratou só te entregou um PDF e nada mudou na sua operação, talvez você precise menos de ferramentas e mais de orientação.
Cibersegurança não é sobre apagar incêndios. É sobre antecipar riscos, tomar decisões informadas e proteger o que realmente importa: o futuro da sua empresa.
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