O ataque de ransomware ao ICICI Bank expõe os riscos crescentes para o setor financeiro. Descubra como proteger sua empresa contra ataques cibernéticos!
O setor financeiro sempre esteve na mira dos cibercriminosos, e o recente ataque de ransomware ao ICICI Bank, uma das maiores instituições bancárias da Índia, reforça essa realidade. O grupo de hackers conhecido como Bashe reivindicou a autoria do ataque, alegando ter obtido dados sensíveis e ameaçando divulgá-los caso suas exigências não sejam atendidas.
Ataques desse tipo comprometem informações críticas e também afetam a reputação e a estabilidade financeira das instituições, Isso reforça a importância de uma abordagem robusta em cibersegurança.
Neste artigo, exploramos por que bancos são alvos recorrentes de ransomware e quais medidas podem ser adotadas para mitigar esses riscos.
Instituições financeiras no centro dos ataques cibernéticos
Bancos e outras instituições financeiras operam com grandes volumes de dados confidenciais, incluindo informações bancárias de milhões de clientes, credenciais de acesso e transações financeiras. Esse cenário atrai grupos criminosos especializados em ransomware, que exploram vulnerabilidades para criptografar sistemas e exigir resgates milionários.
Além da atratividade econômica, o setor enfrenta desafios específicos que o tornam ainda mais vulnerável, como integrações complexas entre sistemas legados e novas tecnologias, pressão regulatória e exposição a riscos de terceiros (fornecedores e parceiros).
Casos como o do ICICI Bank seguem um padrão já visto em ataques anteriores, onde criminosos invadem a rede, exfiltram dados (transferência não autorizada de informações de um sistema para outro, geralmente feita por cibercriminosos) antes da criptografia e ameaçam divulgá-los na dark web caso não sejam pagos.
O problema vai além do prejuízo financeiro: clientes perdem a confiança, investidores se preocupam com a governança de TI da instituição e autoridades podem impor sanções severas.
Principais vetores de ataques cibernéticos contra bancos
Os ransomwares modernos são cada vez mais sofisticados e exploram múltiplas brechas para penetrar nas redes bancárias. Os principais vetores incluem:
- Phishing direcionado: hackers enviam e-mails falsos simulando comunicações internas ou de parceiros confiáveis, induzindo funcionários a clicarem em links maliciosos ou baixarem arquivos infectados.
- Exploração de vulnerabilidades: sistemas desatualizados são frequentemente explorados por cibercriminosos para ganhar acesso à rede e escalar privilégios.
- Ataques a fornecedores: prestadores de serviço com defesas fracas podem ser usados como porta de entrada para grandes instituições.
- Acesso a credenciais comprometidas: por meio de vazamentos de dados anteriores ou técnicas como keyloggers e ataques de força bruta, criminosos conseguem credenciais para acessar sistemas internos.
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Como minimizar riscos de ataques cibernéticos e fortalecer a segurança com abordagens avançadas
Para mitigar o impacto de ataques como o do ICICI Bank, instituições financeiras devem adotar estratégias de cibersegurança avançadas. Confira abaixo, algumas medidas sugeridas por nossos especialistas.
1. Implementação de zero trust architecture (ZTA)
A abordagem Zero Trust assume que nenhuma entidade, interna ou externa, deve ser confiável por padrão. Essa estratégia reforça a segurança ao exigir verificação contínua de identidade, monitoramento de comportamentos anômalos e controle granular de acesso.
- Autenticação e autorização contínuas com CIEM (Cloud Infrastructure Entitlement Management), IAM (Identity and Access Management) e PAM (Privileged Access Management) para evitar excessos de privilégios.
- Microsegmentação de rede, impedindo que invasores se movimentem lateralmente caso comprometam um sistema.
- Least Privilege Access (LPA) e Just-In-Time (JIT) Access, garantindo que usuários tenham acesso mínimo necessário e apenas pelo tempo estritamente necessário.
2. Hardening de endpoints e servidores críticos
Medidas de endurecimento de sistemas (hardening) reduzem a superfície de ataque, tornando mais difícil a exploração de vulnerabilidades.
- Desativação de portas e serviços não utilizados.
- Lista de permissões (Allowlisting) para execução de aplicativos críticos, bloqueando softwares não autorizados.
- Proteção contra ataques fileless e exploits de memória, implementando Windows Defender Application Control (WDAC) ou Linux AppArmor/SELinux.
3. Adoção de threat intelligence e hunting proativo
Além do monitoramento tradicional, Threat Intelligence permite que instituições financeiras antecipem ataques, detectando táticas e técnicas utilizadas por grupos de ransomware antes que eles cheguem à rede da empresa.
- Plataformas de Threat Intelligence (TIPs) integradas ao SIEM para análise contínua de indicadores de ataque (IoAs) e indicadores de comprometimento (IoCs).
- Threat Hunting ativo, usando YARA Rules, MITRE ATT&CK Framework e análise comportamental para identificar invasores que já estejam dentro da rede.
- Integração com fontes de inteligência externas, incluindo feeds de governos e empresas especializadas em cibersegurança.
4. Implementação de controles de resiliência cibernética
Para que bancos possam operar mesmo sob ataques cibernéticos, resiliência cibernética deve ser um pilar central da estratégia de segurança.
- Backup Imutável (WORM – Write Once, Read Many), impedindo a modificação ou exclusão dos dados por ransomwares.
- Network Detection & Response (NDR) para monitoramento contínuo do tráfego de rede, identificando padrões anômalos antes de um ataque se concretizar.
- Técnicas de deception (honeytokens, honeypots e honeynets) para detectar invasores e enganá-los, coletando informações sobre seus métodos.
5. Segurança de fornecedores e terceiros (Third-Party Risk Management – TPRM)
Muitos ataques a bancos começam através de fornecedores com segurança fraca. Implementar um programa robusto de gestão de riscos de terceiros é essencial.
- Avaliação contínua de segurança de fornecedores, exigindo certificações como ISO 27001, SOC 2 e PCI-DSS.
- Monitoramento ativo de acessos externos via CASB (Cloud Access Security Broker) para controlar e auditar conexões com provedores terceirizados.
- Simulações de ataques supply chain para identificar possíveis brechas antes que sejam exploradas por cibercriminosos.
6. Implementação de soluções de Análise e resposta a incidentes em tempo real
Adoção de ferramentas para a detecção e resposta automatica a comportamentos fora do padrão permite que os ataque deixem de afetar a toda a organização e parem no primeiro sinal de alerta
- SOAR: Além da adoção do SIEM, o SOAR (security orchestration, automation, and response) permite a tomada de ações automáticas em casos de incidentes em potencial
- Behavioral analytics: Soluções que permite identificar comportamentos fora do padrão, tando de usuários quanto de máquinas e/ou software para a tomada de ação baseada no risco.
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Proteja sua instituição contra ransomware
O ataque ao ICICI Bank não é um caso isolado, bancos em todo o mundo continuam sendo alvos preferenciais de ransomware. Diante desse cenário, investir em cibersegurança proativa é a única forma de garantir a proteção de dados sensíveis.
Se você procura um parceiro ideal para mitigar esses riscos, fale com um de nossos especialistas e saiba como blindar sua organização contra ransomware e outras ameaças cibernéticas. Conte sempre conosco.