Se você ainda vê a cibersegurança como um conjunto de ferramentas ou um time isolado da TI, é hora de atualizar seu mindset. O cenário está mudando e rápido.
A Gartner, uma das principais autoridades globais em tecnologia corporativa, divulgou as cinco grandes tendências que devem transformar a forma como as empresas pensam e executam suas estratégias de segurança digital até 2025.
O recado é claro: não se trata mais de proteger o perímetro, mas de reconfigurar o negócio para operar de forma resiliente, inteligente e preventiva.
A seguir, destrinchamos cada uma dessas tendências, com foco no impacto prático para as empresas brasileiras. Confira!
1. A era da GenAI requer novos parâmetros de proteção de dados.
A inteligência artificial generativa (GenAI) está se tornando parte da rotina corporativa e isso traz um novo desafio: proteger dados não estruturados com o mesmo rigor dos dados tradicionais.
Textos, imagens, gravações de áudio e código gerado por IA, não seguem as mesmas regras de classificação e proteção que um banco de dados relacional. Justamente por isso, abrem espaço para vazamentos invisíveis e ataques sofisticados.
A Gartner alerta: líderes de segurança precisam redefinir suas estratégias de proteção de dados, com foco em:
- Identificação de fluxos sensíveis de dados utilizados em IAs;
- Implementação de soluções de DLP (Data Loss Prevention) para formatos não estruturados.
- Governança clara sobre quem pode treinar, acessar e compartilhar dados através da IA.
2. Identidades de máquinas: o novo elo fraco da cibersegurança.
Cada script, API, container e dispositivo conectado dentro de uma empresa possuem uma identidade e muitas vezes, permissões críticas.
Esse universo cresce silenciosamente, e agora está fora de controle na maioria das organizações. A Gartner prevê que a gestão de identidades de máquinas (Machine Identity Management) será um dos pontos mais críticos da cibersegurança até 2025.
Na prática, isso requer:
- Mapear e controlar todos os certificados, tokens e chaves utilizadas por máquinas;
- Automatizar o ciclo de vida dessas credenciais, com rotação periódica.
- Eliminar o uso de credenciais codificadas manualmente (hardcoded credentials).
Negligenciar isso é permitir que portas invisíveis permaneçam escancaradas.
Veja também: As 5 melhores estratégias de segurança de aplicações corporativas para 2025
3. IA tática: foco em eficiência operacional, não no hype.
A Inteligência Artificial deixou de ser conceito e virou ferramenta. Mas a diferença é como isso se aplica.
A tendência, segundo a Gartner, é clara: menos projetos de IA genéricos e mais iniciativas táticas com ROI e aplicabilidade imediata.
O que já é prática nas empresas líderes:
- Uso de IA para correlação de alertas e reduzir falsos positivos.
- Monitoramento comportamental inteligente de usuários (UEBA);
- Automação na resposta a incidentes e na geração de relatórios.
Ou seja: IA para aumentar a agilidade e reduzir o cansaço operacional da equipe de segurança. Não para substituir pessoas, mas para empoderá-las.
4. Consolidar ferramentas para reduzir ruído e aumentar a clareza.
Muitas empresas caíram na armadilha da “coleção de soluções”. Compraram diversos tipos de ferramentas, cada uma com uma promessa diferente, e agora vivem um cenário de sobreposição, falta de visibilidade e retrabalho.
A Gartner aponta a otimização da arquitetura de segurança como tendência, com:
- Consolidação de plataformas Como XDRs unificados
- Redução de redundâncias técnicas e operacionais.
- Alinhamento entre as ferramentas e os objetivos de risco da empresa.
Aqui, a pergunta deixa de ser “quantas soluções você tem?” e passa a ser: “quantas você realmente precisa para operar com clareza, velocidade e inteligência?”
5. Segurança como cultura, não mais como protocolo.
A última tendência é talvez a mais desafiadora: a cibersegurança precisa integrar parte da cultura da empresa, e não ser apenas uma diretriz imposta pelo time de TI.
Isso abrange:
- Programas reais de mudança de comportamento , que vão além de treinamentos genéricos;
- Inclusão de metas de segurança em áreas como RH, operações e marketing;
- Métricas de maturidade cultural em segurança e não apenas tecnológicas.
Empresas que não tratam a segurança como um valor organizacional estão fadadas a viver em modo de contenção.
Veja também: Cibersegurança empresarial: Implementando um plano eficaz
A cibersegurança do futuro é integrada, inteligente e comportamental.
As cinco tendências da Gartner transmitem uma mensagem clara: a cibersegurança é o campo técnico que se torna estratégico, transversal e intensamente de negócios.
Na Evernow, acreditamos que esse é o caminho certo e inevitável. Estamos prontos para ajudar empresas a realizar essa virada de chave com soluções modernas, adaptáveis e pensadas para proteger o que importa: continuidade, reputação e confiança.
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